Trecho de artigo do colunista Sylo Costa, publicado na última quarta-feira em "O Tempo" , em defesa do nióbio. Definitivamente "Minério não dá duas safras", já dizia o ex-presidente Arthur Bernardes

                                                                   
"A região de Araxá, depois de mais de 50 anos de exploração e da consequente destruição provocada pela mineração desordenada e gananciosa, é terra arrasada de ninguém. Para que os leitores tenham noção da dimensão do desastre, basta dizer que quem passar uma temporada no Grande Hotel ou em qualquer hotel de Araxá terá que beber água mineral de outras estâncias. De há muito não existe mais água mineral de Araxá. Fica no mínimo esquisito alguém chegar em Araxá tendo de beber água vinda do Rio de Janeiro ou de São Paulo...

Vivemos reclamando da insignificância dos royalties sobre nossos minérios. Pois bem, estamos perdendo cerca de US$ 14 bilhões anuais na venda do nosso nióbio, algo comparável, em proporção, à Opep vendendo a US$ 1 o barril de petróleo. Como é possível, sendo o Brasil o único fornecedor mundial de nióbio - estão aqui 98% das jazidas desse metal, sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis etc. - que seu preço de venda, além de baixíssimo, seja fixado na Inglaterra, que não tem um grama desse elemento? Os Estados Unidos, Europa e o Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro.

Como o filme do mensalão está no circuito do tempo, é oportuno lembrar o que afirmou o ator Marcos Valério: "O dinheiro do mensalão vem do contrabando de nióbio, e o ministro José Dirceu estava negociando com bancos uma mina de nióbio na Amazônia."

O Brasil é mesmo uma zona, de nióbio e de tudo..." (Com O Tempo)

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