Vinte e três brasileiros morrem por hora devido a doenças relacionadas com o hábito de fumar


                                         
                                         


Um total de 23 brasileiros morrem por hora devido a doenças relacionadas com o hábito de fumar, segundo dados do Ministério de Saúde, divulgados hoje com motivo do Dia Mundial sem Fumo.

  Sob o lema de Fumar: Faz mal a Você, Faz mal ao Planeta, as autoridades sanitárias brasileiras desenvolverão hoje diferentes ações para combater o tabagismo no gigante sul-americano.

Estatísticas oficiais revelam que o tabaquismo está vinculado com 50 doenças, a maioria delas tipos de câncer, como de pulmão, laringe e boca, bem como com doenças cardíacas.

A fumaça do fumo, precisa a informação, contém quatro mil 700 substâncias tóxicas, a maioria delas cancerígenas. Ademais, estudos demonstram que os menores de mães fumantes durante a gestação -mais de 10 cigarros- apresentam atraso na aprendizagem em comparação com outros de progenitoras não fumantes.

Não obstante, os dados oficiais mostram uma diminuição da percentagem de pessoas com o hábito de fumar, o qual passou de 16,2 por cento em 2006 a 14,8 por cento em 2011, primeira vez na série histórica em que o parâmetro fica abaixo de 15 por cento.

Por sexo, os homens apresentam uma taxa de 18,1 por cento de fumantes, contra 12 por cento entre as mulheres. Assim mesmo, 25 por cento dos homens declararam ter deixado o hábito, contra 9 por cento das mulheres.


No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado hoje (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o uso de produtos derivados do fumo é a segunda causa de mortalidade no mundo, respondendo por um em cada dez óbitos registrados entre adultos. O fumo só perde, em número de mortes, para a hipertensão.

O tema deste ano é Interferência da Indústria do Tabaco. O objetivo é expor e combater tentativas consideradas pela OMS como “descaradas e cada vez mais agressivas” de minar os esforços no controle da substância.

Umas das críticas aborda, por exemplo, ações para acabar com as campanhas de advertências sanitárias que ilustram as embalagens de cigarro. As empresas, de acordo com a OMS, têm processado países, utilizando como argumento tratados bilaterais de investimentos e alegando que as imagens e os dizeres atingem o direito de utilizar marcas legalmente registradas.

Outro problema citado pela entidade trata das tentativas, também por parte da indústria do tabaco, de acabar com leis que proíbem o fumo em locais públicos fechados e que limitam a publicidade de produtos derivados da substância.

O fumo é considerado pela OMS como uma das principais causas preveníveis de morte em todo o mundo. Entretanto, o cenário traçado pelo órgão é de epidemia global, já que o tabaco mata quase 6 milhões de pessoas todos os anos – mais de 600 mil delas são fumantes passivos.

“A menos que tomemos uma atitude, o tabaco vai matar mais de 8 milhões de pessoas [ao ano] até 2030, sendo mais de 80% em países de baixa e média renda”, ressaltou a OMS, em nota.(Com a PL/ABr/Divulgação)

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