TORCIDA NA ROTA DE CONFIANÇA DO GALO


A parte da torcida alvinegra que se recusava acreditar nas possibilidades do Galo de fugir até mesmo daquela disputa vergonhosa pra não cair começa a mudar de opinião. Não deve iludir-se com a vitória apertada ( l a 0) sobre o Corinthians no Independência, belo gol de Danilinho, de nuca e de costas, no segundo tempo, mas não está impedido de comemorá-la.


Ainda que seja arriscada qualquer previsão neste momento, por se tratar apenas da segunda rodada do Brasileiro, um fato importante se fundamenta com a vitória sobre o campeão brasileiro: o Atlético não é este timezinho qualquer que os críticos acentuam. Principalmente, os que não amarram os burros nas mesmas estacas do presidente Alexandre Kalil.


Portanto, não descarte, meu Bom, a possibilidade de o Atlético – terceiro colocado atualmente, com 100% de aproveitamento – manter-se na disputa por vaga no G-4. Como qualquer outro time da competição no mesmo parâmetro da equipe de Cuca.



No confronto tenso, nervoso, desse domingo houve equilíbrio na marcação e na disputa em geral. Atlético e Corinthians fizeram uma partida fraca tecnicamente e os mineiros mostraram aquele erro de sempre, a falta de meia armador e do isolamento de André na frente.


As alterações realizadas por Cuca no segundo tempo, as entradas de Junior César e Escudero nas vagas de Dudu Cearense e Mancini, fizeram com que o time crescesse no segundo tempo.



No gol, Réver mostrou parte de seu talento com perfeito lançamento a Danilinho. Livre na marca do pênalti, o Baixinho não saiu do chão; de costas e de nuca, sem olhar encobriu o goleiro Cássio. Aos 19m do segundo tempo.



As reclamações contra o atendimento no Estádio Independência não param. Desta vez, porém, foi contra a falta de preparo da Polícia Militar em indicar as direções certas e implicar com a imprensa esportiva. São policiais despreparados e bravos, tipo tropa de choque.



A solução tem de ser da BWA. Colocar gente sua na orientação fora do estádio e deixar a PM à disposição apenas pra cuidar de arruaceiros e batedores de carteira, suas especializações. Pelo menos aqueles praças enviados ao evento.



O inimitável Mário Henrique, em suas explosões alvinegras, informava que o Galo assumia a liderança com seis pontos e dois gols de saldo. Esqueceu-se do Botafogo que acabava de vencer o Coritiba, no Paraná, por 3 a 2 e que o Vasco, no sábado, passou pela Portuguesa por l a 0.  O resultado deixou o Galo em terceiro lugar com 100%.



No Olímpico, num jogo bem disputado o Grêmio reabilitou-se no Brasileiro ao derrotar o Palmeiras por l a 0, gol de André Lima, aos 26m do segundo tempo. No primeiro tempo, Léo Gago chutou um pênalti na travessão. Porém, o nível técnico do jogo foi igual ao do Independência. Bem abaixo do confronto em Curitiba, no qual o Fogão derrotou o Coritiba por 3 a 2.



Esta rodada, por mais cedo que seja, mostrou que o campeonato brasileiro deste ano está bem equilibrado e assim ficará até o final. Por exemplo: o Fluminense não conseguiu evitar o empate (2 a 2) diante do Figueirense. Ambos ganharam na primeira rodada, e em campo havia 15 desfalques. Nove no Flu e seis no Figueirense.



O jogo Náutico e Cruzeiro, na Ilha dos Aflitos no Recife foi digno de dois times botineiros. Jogo amarrado, cheio de cartões amarelos. Por isso o empate de 0 a 0 foi ótimo castigo para os dois times. O melhor da partida: a disputa particular entre o goleiro Fábio e o volante Souza, do Náutico.



O sistema defensivo do Cruzeiro usou e abusou do direito de fazer falta na entrada da área. Cada uma mais perigosa que a outra; e São Fábio evitou que o bom cobrador Souza fizesse algum gol. Praticou lindas defesas. Isso sem falar na sorte que teve: Araújo, ex-Cruzeiro, perdeu umas três chances cara a cara com o goleiro celeste. O Cruzeiro fez 38 faltas e levou 7 cartões amarelos.



Celso Roth tentou de todas as formas pegar o Náutico no contra-ataque e nem Montillo deu jeito, apesar de participar bem em alguns lances. Foi marcado de perto por Elicarlos, ex-Cruzeiro, e botinudo de primeira linha. No intervalo, Roth sacou Charles e colocou William Magrão, apenas porque o primeiro já estava amarelado e muito afobado.



Depois, sacou Souza e pôs Everton. Este foi jogar na lateral esquerda e Marcelo Oliveira passou para o meio. Por fim, tirou Tinga e entrou com Walyson, mas nada resolveu. Só Amaral, cumpicha de Roth, ficou em campo. Céus.



Houve confusão na entrada, alguns torcedores só chegaram dentro do Independência com o jogo em andamento. Isso prum público que não chegou a 4 mil pagantes. Porém compensou. O América, no seu segundo jogo no Brasileiro da Série B - o primeiro foi na vitória por 2 a 1 em Fortaleza –teve uma atuação de gala e desceu a pua no CRB das Alagoas por 4 a 0. 

Além de estrear diante da torcida, o time, usou uniforme comemorativo do centenário - vermelho e branco. Na próxima terça-feira, os comandados de Givanildo Oliveira jogarão fora de casa contra o Paraná, às 9h50m, pela terceira rodada.



Logo aos três minutos, em cobrança de falta de Gilberto, Gabriel fez 1 a 0. Aos cinco do segundo tempo, Leandro Ferreira chutou de fora da área, sem deixar a bola cair para ampliar o placar: 2 a 0. O CRB andou dando alguns sustos e obrigou ao América acordar no jogo de novo.



Aos 22m, Dudu Pitbull – o melhor em campo – chutou da entrada da área e fez 3 a 0. Fatura liquidada. Aos 30m, Fábio Junior lançou Bruno Meneguel que marcou o quarto gol e fechou o placar; América: 4 a 0.



No seu próximo amistoso a Seleção Brasileira, nesta quarta-feira à noite, terá pela frente a dos Estados Unidos. Enquanto o Brasil vencia a Dinamarca por 3 a l, os USA enfiavam 5 a l na Escócia.



A partida será no FedEx Field, em Washington. Sem compromissos com o Santos neste meio de semana, Neymar e Rafael já desembarcaram na arrogante terra de Tio Sam e tiveram alguns problemas, como acontece com todo mundo.



Meu bom, isso acontece com os simples mortais, bem dito. De acordo com testemunha, Neymar e Rafael tentaram “furar a fila” da imigração, entrando junto com a tripulação do avião. Foram barrados.



Alguém tentou convencer o agente da alfândega que Neymar  “é um astro do futebol brasileiro” mas a resposta foi dura: “o melhor jogador é o Pelé. Se não for o Pelé, não pode entrar na frente”. Bem feito.




Flávio Anselmo
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