Da página do MST:Deputados do Mato Grosso não querem acabar com o trabalho escravo


Em uma clara demonstração de que lado estão, 75% dos deputados federais de Mato Grosso não tiveram a coragem de votar pela lei que expropria as terras onde existe trabalho escravo.

O latifúndio e o agronegócio como financiadores das campanhas eleitorais agora recebem a recompensa. Impor leis que acabem com o trabalho escravo, o desmatamento, a grilagem de terras vai contra a lógica de quem detém o poder econômico e político deste Estado.

A PEC 438 está longe de por si só acabar com o trabalho escravo, mas sem dúvida afeta o poder econômico do latifúndio, que até agora nunca foi penalizado por seus crimes; quem cometeu o crime de escravizar nunca foi condenado. Mato Grosso carrega um triste segundo lugar no ranking de maior número de trabalhadores resgatados em situação de escravidão, se observarmos os dados do Ministério do Trabalho, que desde 1995 faz o acompanhamento ano a ano.

Olhando a lista dos deputados federais, veremos que nenhum deputado do arco de alianças da qual o Governador se elegeu votou a favor da PEC 438. Talvez por aí se compreenda porque a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo – COETRAE não consegue a mais de ano que o Governador crie um cargo para secretaria executiva para a COETRAE, que faz um enfrentamento direto ao trabalho escravo. Agora que a votação passou pela Câmara dos Deputados sem a aprovação de 6 dos 8 deputados federais, é bom ficarmos atentos a como irão votar os senadores, principalmente os que nos deveriam representar.(Com o site do MST)

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