Cruel exploração de jornalistas por
meios de comunicação do Equador




O Ministério de Relações Trabalhistas do Equador informará nos próximos dias sobre quais meios de comunicação violam requisitos na contratação de jornalistas.

  O titular dessa pasta, Francisco Vacas, disse ao portal digital Ecuadorinmediato que até o momento 90% dos órgãos de imprensa do país, privados e públicos, foram avaliados.

A avaliação se dá em seguida às recentes revelações em uma pesquisa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, segundo a qual os profissionais do setor são alvo de uma exploração deliberada.

De acordo com a investigação, pouco menos de 20% daqueles que trabalham em meios de comunicação não estão filiados ao seguro social e 25% dos radicados na cidade de Guayaquil trabalham sem relações formais.

Um a cada três jornalistas - adverte o estudo - necessita ter outro trabalho paralelo para poder sobreviver e um em cada dois não recebem horas extras. Mais da metade trabalha entre 8 e 10 horas diárias.

Por outro lado, 81% dos meios de comunicação privados não admite a criação dos sindicatos no ramo.

52% dos entrevistados também afirmaram que se beneficiarão com a nova Lei de Comunicação, que deverá ser aprovada no curso das seguintes semanas.

A pesquisa revelou ainda que 65% dos jornalistas em Quito e 42% em Guayaquil não estão filiados a associações ou sindicatos jornalísticos, um fenômeno que aponta a falta de confiança em agremiações como a União Nacional do Jornalistas.

Para a metade dos entrevistados neste estudo em Guayaquil, o presidente Rafael Correa busca melhorar as práticas jornalísticas.

A análise consultou a opinião de 28 jornalistas, majoritariamente de meios identificados como opositores ao Governo, que assinalaram em uma ampla percentagem que existe liberdade de expressão.

Uma pesquisa similar realizada por um programa radial de alcance nacional entre 492 jornalistas em Quito e Guayaquil concluiu, ainda, que estes admitiram majoritariamente que durante a atual administração suas condições trabalhistas melhoraram. (Com a PL)

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