Venezuela recebe 4,5 bilhões de dólares da China para projetos petrolíferos


A  Venezuela receberá um crédito de US$ 4,5 bilhões da China destinado a projetos petrolíferos no país sul-americano, maior receptor de investimentos de Pequim na América Latina, informaram nesta terça-feira fontes do governo do presidente Hugo Chávez.

O ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, explicou à televisão estatal que uma reunião oficial bilateral estipulou os termos do financiamento, que será outorgado pelo Banco de Desenvolvimento da China. Ele indicou que esses recursos serão destinados ao aumento de produção da Petrosinovensa, uma empresa mista estabelecida na Faixa Petrolífera do Orinoco na qual a estatal venezuelana PDVSA possui 60% das ações e a China National Petroleum Corporation detém os 40% restantes.

É um dos acordos fundamentais que obtivemos nesta comissão,destacou o ministro venezuelano, referindo-se à décima comissão bilateral que se reúne entre esta terça e quarta-feira em Caracas.
Ramírez estima em 112 mil barris diários a produção atual das petrolíferas chinesas na Venezuela, mas previu que essa quantidade deve aumentar para 1,1 milhão de barris por dia até 2014. Segundo ele, a Venezuela, o país com maiores reservas de petróleo em nível mundial, e a China, a segunda economia do planeta (atrás apenas dos Estados Unidos), desenvolvem projetos integrados que incluem a produção em solo venezuelano, o transporte conjunto de petróleo à China e o refino na nação asiática.

A Venezuela tem dois créditos abertos com a China avaliados em mais de US$ 20 bilhões – dos quais US$ 10,2 bilhões em yuans –, além dos recursos do Fundo Pesado binacional estipulado em 1997 com US$ 6 bilhões, que passaram a US$ 12 bilhões em 2009. Caracas paga esses créditos com os quase 500 mil barris de petróleo que diariamente envia à China.

O ministro do Planejamento e Finanças venezuelano, Jorge Giordani, ressaltou que seu país recebe o maior financiamento da China na América Latina, que calculou em US$ 32 bilhões.
Não há dúvidas de que essas relações que se estabelecem no campo energético, agrícola e em infraestrutura vão continuar consolidando e se aprofundando, afirmou Giordani.
(Com o Diário Digital)

Comentários