O PARTIDO DO SÉCULO XXI


José Carlos Alexandre

Eles eram homens simples, lutando nos primeiros embriões do sindicalismo brasileiro. Com influências positivistas, anarquistas e , até certo ponto, comunistas, já que , em 1917, a classe operária tomou o poder num distante país chamado Rússia, o maior país do mundo.
Assim, reunidos no Rio de Janeiro e em Niteroi, fundaram o Partido Comunista do Brasil, hoje Partido Comunista Brasileiro.
Seus nomes hoje são uma legenda no seio do proletariado brasileiro:Abílio de Nequete (barbeiro), Astrojildo Pereira (jornalista), Cristiano Cordeiro (funcionário), Hermogêneo Silva (eletricista), José Elias da Silva ( funcionário) , Luís Peres (operário vassoureiro) , Manoel Cendon (alfaiate) e João da Costa Pimenta ( gráfico).
"O surgimento do PCB , no início da década de vinte,", conta José Antonio Segatto, em Breve História do PCB , "foi consequência necessária do processo de formação da classe operária brasileira e do desenvolvimento de suas lutas".
Michel Zaidan Filho, em Comunistas em Céu Aberto, diz praticamente o mesmo com outras palavras: "O nosso ponto de partida para a análise da história do Partido Comunista do Brasil neste período foi o de encará-la como um reflexo passivo das vicissitudes da própria história brasileira".
O mesmo autor diz ainda: "Daí nossa afirmação de que o PCB sempre foi um partido nacional, refletindo todos os avanços e recuos da sociedade brasileira, no que ela teve de mais progressista".
Moisés Vinhas diz em O Partidão- A luta por um partido de massas 1922-1974, que "o aparecimento do então Partido Comunista do Brasil, na esteira da influência da Revolução Socialista de Outubro, ocorrida em 1917, na Rússia, se dá num momento particularmente agudo de lutas políticas, profundas transformações econômicas e grande efervescência cultural".
As Resoluções do XIV Congresso Nacional do PCB, realizado em outubro de 2009 no Rio de Janeiro, resume tudo: "Nascemos em 1922 e trazemos marcadas as cicatrizes da experiência histórica de nossa classe, com seus erros e acertos, vitórias e derrotas, tragédias e alegrias".
Com este rico passado, o PCB, Partido do Século XXI, comemora neste 25 de março, 89 anos.
"Nunca na história deste País", um organização político-partidária foi tão perseguida. Quiseram matá-la praticamente desde seu início. Seus melhores quadros sofreram discriminações, desemprego, terror psicológio, atentados, tortura, assassinatos e todo tipo de pressões.
O PCB está aí, no quadro político do País, pronto a se somar às demais forças que lutam pela revolução brasileira e pelo socialismo, para levar avante a inevitável ascensão do proletariado.
As comemorações oficiais em BH serão amanhã, com debate em sua sede social, na Rua Curitiba, 656, 6º andar, a partir das 14h, e jantar, às 21h21, no Restaurante da Bia, na Rua Guaraní, pertinho da esquina com a Rua Tamoios.
Os expositores serão Túlio Lopes, da União da Juventude Comunista; seu secretário político em Minas Gerais, Fábio Martins Bezerra, também membro do Comitê Central, e o professor Pablo Lima, principal diretor do Instituto Caio Prado Júnior em Minas Gerais.
Pelos principais pontos do país e do Estado, entretanto, o 89º aniversário do Partido Comunista Brasileiro será lembrado, de uma forma ou de outra, pelas lideranças sindicais e comunitárias, pelos trabalhadores do campo e da cidade, pela classe estudantil e pelas mais notáveis entidades da sociedade civil.

Salve o Partidão!
Salve o Proletariado.
Em defesa da Revolução Cubana
Em apoio à luta do povo palestino
Contra a intervenção na Líbia
Pela instalação o quanto antes da Comissão da Verdade.
Pela libertação de Cesare Battisti
Contra dos despejos nos acampamentos Dandara, Irmã Dorothy e Camilo Torres

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