Nicarágua defende Kadafi


O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega (fot0), reiterou hoje seu respaldo ao governante líbio Muamar El Kadafi, em ocasião do 34o.aniversário da proclamação de Grande Jamahiriya Líbia, em 2 de março de 1977. "Nestes momentos transcendentais que vive a nação líbia, lhe faço chegar a saudação e o abraço fraternal do povo nicarágua, afirma Ortega em uma mensagem enviada ao Kadafi em ocasião do aniversário, segundo o texto divulgado aqui."Comemorar este Aniversário com o espírito de luta e de compromisso que vemos nas ruas de Trípoli, é a melhor homenagem a essa histórica Declaração que hoje você e seu Povo ratificam, em plena resistência à intervenção imperial e às tentativas de dividir seus Territórios Sagrados", escreveu o mandatário nicaraguense.O líder sandinista recordou na missiva que Nicarágua tem manifestado em todos os foros internacionais "sua firme rejeição à hipocrisia das forças imperiais e o reclamo de uma política internacional consequente com os Direitos Humanos dos Povos".
A Líbia vive momentos trágicos e definitórios, ressaltou Daniel Ortega em sua mensagem ao líder líbio, e assegurou-lhe que Nicarágua, seu governo, a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o povo nicaraguense, lhe acompanham nestas batalhas.São batalhas que representam a defesa da dignidade e da nação e a cultura líbia e expressão das lutas às que, em diferentes formas, enfrentam todos os Povos do Sul, explicou.A respeito reiterou que Nicarágua participa de todos os esforços que, do Sul, se realizam para contribuir a promover a Paz em Líbia.Nesse sentido, "acolhemos e respaldamos a Iniciativa do Comandante-Presidente de Venezuela, Hugo Chávez Frias, de conformar uma Comissão Internacional para servir com Você, à Causa do Diálogo, a Reconciliação, a Paz, e a Preservação da Integridade Territorial nesse irmão país", ressaltou Ortega na carta.
Por outra parte, o governo da Nicarágua recusou hoje a suspensão de Líbia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em um discurso pronunciado ante esse foro pela representante nicaraguense Mari Rubiales.A diplomata denunciou que "a arremetida mediática dos meios das grandes potências não faz mais que incitar à violência e trata de justificar uma intervenção militar estrangeira que trará mais derramamento de sangue do povo líbio".
"Confiamos na capacidade e sabedoria do povo líbio e de sua liderança (...) para resolver seus problemas internos e encontrar uma solução pacífica de maneira soberana, sem ingerências, sem dupla moral, sem intervenções militares estrangeiras de nenhum tipo e sob nenhuma justificativa", disse Rubiales.(Com a Prensa Latina)

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