Líbia: solução sem intervenção estrangeira, defende Cuba


O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse hoje que seu país deseja uma solução pacífica e soberana na Líbia, sem ingerência estrangeira e que garanta a integridade dessa nação.
Durante seu discurso no segmento de alto nível do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas, Rodríguez afirmou que Cuba compartilha plenamente a preocupação mundial pelas perdas de vidas de civis na Líbia.Mas advertiu que "com toda segurança, o povo líbio se opõe a toda intervenção militar estrangeira, que afastaria ainda mais um acordo e provocaria milhares de mortes, de deslocados e enormes danos à população".
O diplomata deixou claro que seu país "recusa categoricamente", qualquer tentativa de aproveitar a trágica situação criada para ocupar essa nação árabe e controlar seu petróleo.Ao falar sobre o tema, assinalou que é notório "que é a voracidade pelos hidrocarbonetos, e não a paz nem a proteção das vidas dos líbios, a motivação que anima as forças políticas".
Acrescentou que são fundamentalmente os conservadores que chamam hoje nos Estados Unidos e em alguns países da Europa a uma intervenção militar da OTAN em território líbio."Ainda que possa enganar-se a boa vontade de uma parte da opinião pública, é evidente que uma intervenção militar levará a uma guerra e acarretará graves consequências para as vidas das pessoas", sentenciou.
O chanceler cubano criticou o papel de uma parte da imprensa, que utilizada pelos empórios midiáticos, o que faz é atiçar o fogo com informações sem a devida objetividade, exatidão e o apego à verdade."Ante a magnitude do que na Líbia e no mundo árabe ocorre e em circunstâncias de uma crise econômica global, deveria prevalecer a responsabilidade e a visão de longo prazo dos governos dos países desenvolvidos", (Com a Prensa Latina)

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