MARCAS DA DITADURA


"QUEM ESQUECE O PASSADO ESTÁ CONDENADO A REPETI-LO" Leon Bloy

Caras(os) amigas(os)
Fui ao Rio no dia 21 de dezembro para o lançamento do livro HABEAS CORPUS editado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Excelente publicação sobre os mortos e desaparecidos pela ditadura militar. Estou lendo aos poucos. Para minha surpresa na pagina 334 encontrei a história de RANÚSIA ALVES RODRIGUES ( 1945/1973) natural de Garanhuns assassinada no Rio em 27 de outubro de 1973. Era do PCBR. O que me chamou a atenção que ela era da cidade do LULA e isso nunca foi falado. Não sei se o LULA sabe disso. Sugiro que façamos uma campanha para que LULA ou o Governador de Pernambuco , Eduardo Campos, ( PSB) prestasse uma homenagem a essa valorosa companheira . Abraços e felicidades

BETINHO DUARTE

A HISTÓRIA DA GUERRILHEIRA RANÚSIA
11 de março de 2008

PROF. EDVALDO CAVALCANTE

Há tempos eu queria escrever um post sobre a ditadura militar.Dentre as tantas histórias de horror envolvendo esse período negro do passado recente do Brasil, repousa a memória da pernambucana Ranúsia Alves Rodrigues. Nascida na cidade de Garanhuns, era estudante do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. No meio universitário, Ranúsia começou a militar no diretório acadêmico e rapidamente chegou ao PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Atuando na clandestinidade, Ranúsia (que também usava os codinomes de: Florinda, Nuce e Olívia) teve uma filha, Vanúsia. Por conta da militância política, Ranúsia teve que abdicar da filha e como seus pais não aprovavam o envolvimento dela com essa atividade clandestina, também não quiseram saber da garota. A menina terminou ficando aos cuidados de uma empregada da família, Almerinda de Aquino. Hoje em dia Vanúsia mora na periferia do Recife, no bairro da mangueira. Ela só tomou conhecimento da história da mãe em 1991, aos 22 anos, quando os arquivos do DOPS foram abertos. Ranúsia tinha muito medo que a filha sofresse algum tipo de represália por causa das suas atividades políticas. Ela não estava errada. Em 1968, Ranúsia foi presa em Ibiúna, São Paulo, quando participava do XXX Congresso da UNE, e libertada logo em seguida. Fiel à sua ideologia, continuou lutando contra a ditadura militar. Foi brutalmente assassinada na Praça Sentinela, Jacarepaguá (RJ), no dia 27 de outubro de 1973, juntamente com Almir Custódio de Lima, Ramirez Maranhão do Vale e Vitorino Alves Moitinho. Os três últimos morreram carbonizados dentro de um automóvel que explodiu com a saraivada de balas. Ranúsia morreu metralhada fora do carro. Esse episódio foi retratado na série “Anos Rebeldes”, da Rede Globo: a personagem usava o nome fictício de Heloísa e foi brilhantemente interpretada por Cláudia Abreu. Na série, por opção do autor Gilberto Braga, os companheiros de Heloísa (Ranúsia) escapam ilesos.
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Oi Betinho
Espero que coniga para a gente o livro Habeas Corpus para complementar o histórico Rua Viva de sua iniciativa.
Grato
José Carlos Alexandre

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