FLÁVIO ANSELMO


GUERREIRO NA TOCA

Informam que o Cruzeiro contratou Leandro Guerreiro, 32 anos, do Botafogo. Não é jogador de se buscar no aeroporto, mas é bom. De zagueiro ou volante. Pai Joel o colocou de líbero, atrás da zaga e gostei muito do que vi.

RASTEIRAS E RASTEIRA

Levar rasteira, por falta de ousadia ou por excesso de zelo com o orçamento do clube é relevante, mas a torcida, na maioria dos casos, não aceita. Aceita feroz, porém engole, quando se trata de esperteza dos rivais e até o cansaço dos vencidos. Entretanto, levar rasteira de empresário, procurador ou jogador é inadimissível.

* Mais, ainda, quando trata-se de contrato a cumprir e com cláusula clara e indiscutível. Ainda bem que o Cruzeiro acordou a tempo e chamou Leonardo Silva pra brigar na Justiça, lugar das boas pendengas.

PASSAVA BATIDO


Nada contra Léo Silva, mas a instituição Cruzeiro estava sendo ludibriada e ninguém falava nada. Nem a imprensa, nem os dirigentes. Mistérios do futebol. A coisa passava batido e a midia fazia festa por Léo Silva assinar com o Galo. Peraí! E o tempo no qual ficou sem jogar, gritamos no Jogada de Classe? Zezé ouviu e convocou seu pessoal.

* Isso na Imprensa chamava –se – ou chama-se? - suite. Agora o pessoal dá uma informação e não suita. No fim de 2010, Dimas Fonseca no Jogada de Classe afirmou que Léo Silva iria cumprir mais seis meses de contrato caso não renovasse.

COMERAM MOSCA

Parte da cobertura da Toca e os dirigentes comeram mosca. Nós do Jogada de Classe, não. Lembramos da entrevista com Dimas Fonseca que o atleta é obrigado a cumprir o tempo que ficou parado em tratamento. O contrato só vence depois ou se houver acordo entre as partes antes. No caso de Léo não houve acordo. Ele não aceitou a proposta do clube e se desligou sem qualquer reparação. E o Cruzeiro aceitou passivamente até que alertamos sobre a cláusula contratual.

* Agimos no propósito jornalístico. No interesse da informação.

LÉO NO TIROTEIO

Com seu registro feito na CBF, Leonardo Silva tornou-se atleta do Galo e em condições de jogo. Documentalmente. Ficou no débito ao mudar de empresário porque chapelou o antigo. Nada o impede de trabalhar com o profissional que lhe interesse, ainda mais se ele for seu padrinho de casamento, como é o caso do atual, velho conhecido do Atlético.

* Porém precisava aplicar uma rasteira no antigo, Fernando César, que entrou na Justiça, também, contra o zagueiro alegando ter 50% dos direitos. Ou seja, jogador e empresário venderam parte de algo que não lhes pertencia, segundo César.

* Lógico que o Atlético tem que colocar seu jurídico à disposição de Leonardo Silva em defesa dos próprios interesses; comprou, em boa-fé, um produto que lhe foi oferecido.

* Minha avaliação final do caso: este Leonardo Silva e seu empresário são duas boas biscas.


Flávio Anselmo


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