Festival Mundial da Juventude


O veredicto do Tribunal Antiimperialista monopoliza hoje o interesse de milhares de participantes no 17 Festival Mundial da Juventude e os Estudantes, com sede na África do Sul desde 13 de dezembro. A julgar pelos elementos expostos, que ontem acusaram o imperialismo por ser o responsável por diversos males para os povos esperam uma contundente condenação do júri, presidido pelo magistrado sulafricano Andele Magxitama.
Durante a penúltima jornada do universal encontro, cuja edição inicial aconteceu há 63 anos em Praga, se conversará sobre os processos regionais de integração, e a preservação e promoção da cultura popular.
As primeiras sessões do mencionado foro mostraram ontem a denúncia de Cuba à dupla moral da política do governo dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo.
O país que se autoproclama paradigma no combate do terrorismo acolhe sem reservas a Luis Posada Carrilles, responsável pela explosão de um avião cubano em Barbados que causou a morte de 73 pessoas em 1976, recordou o neto de uma dessas vítimas.
Luis Manuel Ruiz manifestou que o mesmo homem que matou seu avô tentou atentar contra a vida do líder da Revolução, Fidel Castro, enviou bombas à maior das Antilhas, e torturou na Venezuela há décadas, quando era membro dos corpos repressivos desse país.Demandamos que Posada Carrilles seja julgado por seus tantos crimes ou extraditado a Caracas, que o reclama para realizar justiça faz em vários anos, indicou o jovem, que se referiu também aos mais de três mil mortos de sua nação por ações vandálicas.
A política estadunidense trata de eliminar a todos os que se interponham a ela, expressou Ruiz antes de definir genocídio como qualquer ato da Casa Branca contra quem desejam manter ou atingir sua independência.Enquanto Posada Carriles anda livre no sul norte-americano, cinco cubanos permanecem encarcerados desde o 12 de setembro de 1998 em território estadunidense por defender a seu povo de ações criminosos, apontou a filha de um desses lutadores.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerreiro e René González não são espiões, sua missão era infiltrar grupos terroristas e obter informação para evitar mais danos a sua nação, esclareceu a primogênita de René.
Ela contou como os Cinco, conhecidos dessa maneira em nível mundial, têm sido vítimas do ódio de um governo que despreza a Cuba e não é capaz de reconhecer a decisão deste país de ser independente para sempre.Irmita, como a chamam seus amigos, fez um percurso por momentos importantes destes 12 anos de luta a favor da libertação dos antiterroristas, e ressaltou o caráter incansável da cada um deles.
A cumplicidade do governo estadunidense no golpe de Estado em Honduras contra o presidente Manuel Zelaya em meados do passado ano também foi denunciada neste espaço.Grécia Luna, delegada da nação centro-americana, referiu os terríveis momentos vividos pelo povo depois do golpe militar e recordou como Zelaya foi retirado de sua casa na madrugada de 28 de junho de 2009 e levado a outro país.
Em nossa própria terra enfrentamos-nos a maltratos físicos, torturas psicológicas e a uma grande manipulação por parte dos meios de comunicação em massa ao serviço dos golpistas, encabeçados por Roberto Michelleti, disse.
Por outra parte, vietnamitas acusaram Estados Unidos pelos crimes cometidos contra seu povo e apresentou-se ante o tribunal uma vítima do chamado agente laranja, de 24 anos de idade e filha de uma camponesa exposta diretamente ao ataque.De acordos com cifras mencionadas neste domingo, mais de três milhões de pessoas sofreram e sofrem os efeitos dessa selvagem contaminação.
A várias décadas da agressão estadunidense contra um povo que queria ser independente e nada mais, ainda continuam nascendo crianças afetadas pelo agente laranja, manifestaram dois jovens do país asiático.A jovem afetada, com a perda de suas extremidades inferiores e o braço esquerdo, apontou que está a ponto de graduar-se na universidade, mas outros, lamentou, permanecem prostrados em cama.(Com a Prensa Latina)

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