Crime sem precedentes



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluirá seus oito anos no poder com uma gestão marcada pela corrupção entre seus "mais próximos aliados", com uma "praga" de compra de votos no PT e sem ter dado uma resposta ao crime no Brasil. Essa é a avaliação da diplomacia americana sobre a gestão de Lula e os principais elementos de seu governo, escancarando a avaliação do governo americano em relação a Lula, revelam documentos do Wilileaks, segundo o site de O Estado de S.Paulo


RÚSSIA


A Rússia qualificou de caso sem precedentes a publicação pelo site Wikileaks de intercâmbios de mensagens diplomáticos nas missões estadunidenses em todo o mundo, assinala a imprensa local. Nada tem de particular que os estados leiam textos diplomáticos uns dos outros, mas outra coisa é quando essas informações se fazem públicas e de conhecimento de todas as nações interessadas, declarou uma fonte da Chancelaria, citada pela imprensa de Moscou.O governo estadunidense foi incapaz de manter a confidência em tarefas que encomendou a sua própria diplomacia, assegurou a fonte.


Com respeito à Rússia, os referidos documentos (cerca de 251 mil materiais) não constituem nenhum problema, pois nada de novo revelam com respeito à imagem deste país e de sua situação atual, assinala o diplomata, que preferiu o anonimato.Tal imagem é uma fusão dos instintos e preconceitos muito difundidos a diversos níveis no "establishment" do serviço exterior, político-militar e de inteligência estadunidense com respeito a esta nação e tudo relacionado à ela, disse a fonte.


O ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, considerou ontem que as relações com os sócios de seu país se guiará por ações concretas e não precisamente pelo conteúdo de supostos documentos confidenciais da diplomacia norte-americana.As revelações do Wikileaks demonstram as avaliações de diplomatas estadunidenses sobre as relações entre o presidente russo, Dmitri Medvedev, e o premiê Vladimir Putin, bem como caracterizações de ambos e outros servidores públicos do estado.Além disso, os vazamentos estão referidos a comentários realizados por especialistas russos durante as negociações com a parte norte-americana no ano passado em Genebra em torno do Tratado de Redução e Limitação de Armas estratégicas (START-3).



EQUADOR



A chancelaria equatoriana informou hoje a decisão de seu governo de convidar Julian Assange, criador do site Wikileaks, para que exponha aqui sua documentação relacionada com países da América Latina e com o Equador. O objetivo, detalha a nota oficial, é conhecer de primeira mão tal informação através de conferências e oferecer a Assange a possibilidade de realizar um trabalho investigativo e formar ao mesmo tempo investigadores no Equador.Não obstante, esclarece a chancelaria, "se o senhor Assange solicitasse asilo ao Equador, poderia tramitar-se este pedido, de acordo com as normas vigentes no país".


Assange é um jornalista australiano, programador e ativista de Internet, que no dia 25 de julho de 2005 tornou público 92 mil documentos sobre a guerra do Afeganistão, nos quais se faziam revelações importantes sobre civis.Essas vítimas civis, denunciou, foram provocadas por soldados dos Estados Unidos e de países aliados, o chamado fogo amigo, com conexões entre a inteligência paquistanesa e os insurgentes talibãs, entre outros.


WikiLeaks é um site que publica relatórios anônimos e documentos vazados com conteúdo sensível nos temas religião, corporação ou governamental, preservando o anonimato de suas fontes. Foi lançado em 2006 e está liderado por Assange.


No domingo, o site revelou 250 mil documentos entre os quais embaixadores estadunidenses comentam e avaliam os líderes mundiais, além de informação sensível sobre terrorismo e proliferação nuclear.Também revela que o secretário geral da ONU , Ban Ki-Moon, e representantes da China, Rússia, Reino Unido e França, todos eles membros permanentes do Conselho de Segurança, se encontram na mira dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

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