Vem aí o Balé da China




Entre dias primeiro de novembro e 1o de dezembro, a Companhia Central de Balé da China, composto por 105 pessoas, fará um show itinerante pelo Brasil. É a primeira visita do grupo ao país sul-americano em seus 50 anos de história.Segundo o conselheiro cultural chinês no Brasil, Shu Jianping, a Companhia Central de Balé da China realizará um total de 18 apresentações em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte.

A trupe abre turnê brasileira em Porto Alegre, nos dias 3 e 4 de novembro, no Teatro do SESI. Da Capital, a companhia segue para performances em Curitiba (Teatro Guaira, dias 6 e 7/11), São Paulo (Teatro Bradesco, de 10 a 14/11), Rio de Janeiro (Theatro Municipal, de 17 a 21/11), Brasília (Teatro Nacional, dias 24 e 25/11) e Belo Horizonte (Palácio das Artes, dias 27 e 28/11).
Em solo gaúcho, o Balé da China apresentará um programa triplo com algumas das melhores coreografias de seu repertório. No espetáculo será apresentada a obra Yellow River, um balé considerado revolucionário, combina com perfeição a dança clássica e a dança chinesa. A superprodução, que conta com uma grande central técnica e um vasto acervo de cenários e figurinos, apresentará também as peças Giselle Act II e New Year’s Sacrifice. Fiel à estética da companhia o grupo mantém a proposta de preservar a tradição da dança chinesa e incorporar ao repertório as grandes obras do bale romântico ocidental, premissa que já produziu bem sucedidas versões chinesas de bailados consagrados como Dom Quixote, Romeu e Julieta e A Bela Adormecida.
A COMPANHIA
Uma das funções do Balé Nacional da China é promover a aproximação entre os povos. Dentro dessa perspectiva, a companhia atua como um autêntico embaixador cultural do país, especialmente no mundo ocidental. Foi levando essa mensagem de paz e confraternização que se apresentou em mais de 20 países da Ásia, Europa e Américas, além de Hong-Kong, Macau e Taiwan. As bem sucedidas turnês aos Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Alemanha — que se estenderam também à Holanda, Suíça, Bélgica e Áustria — contribuíram de maneira decisiva para o prestígio internacional da companhia.
O Balé Nacional da China foi fundado em 1959 e é a única companhia de dança estatal do país. Desde a sua criação, a proposta era preservar a tradição da dança chinesa e incorporar ao repertório as grandes obras do balé romântico ocidental. Nesta esteira, vieram à luz produções de bailados consagrados como Dom Quixote, Romeu e Julieta e A Bela Adormecida.
Trabalhando em seu outro viés, o Balé Nacional da China vem dando crescente importância às criações contemporâneas dos mais diversos estilos e escolas. Incorporando a técnica do balé clássico, a companhia conseguiu a proeza de retratar, através de seus passos, a vida e a cultura do país.
Esse revigoramento da dança se deu, em grande parte, pela colaboração fundamental de artistas veteranos como Dai Ailian, Zhao Feng, Li Cheng Xiang e Jiang Zuhui, responsáveis por espetáculos vitoriosos como O Destacamento Vermelho Feminino, O Sacrifício de Ano Novo e Lin Daiyu. Tudo isto sob o comando de Zhao Ruheng, atual diretor da companhia, responsável pela introdução de novas produções que foram recebidas entusiasticamente pelo público.
O Balé Nacional da China possui uma enorme central técnica, onde se encontra armazenado um vasto acervo de cenários e de figurinos, utilizados em todas as suas produções de bailados e óperas-bailados.
BAILARINOS
Todos os integrantes do Balé Nacional da China são oriundos da Academia de Dança de Beijing, onde recebem uma sólida formação artística, trabalhando exaustivamente todas as técnicas do balé clássico do famoso método da Academia Vaganova, de S. Petersburgo – berço também das estrelas do mítico Kirov Ballet – e aprofundando seu conhecimento da rica tradição da arte chinesa.
Nesse contexto, foi de grande valia a enorme contribuição trazida por gerações de excelentes bailarinos, que não mediram esforços para transmitir aos novos astros e estrelas toda a beleza e rigor de uma forma de arte eminentemente ocidental.
Os resultados não tardaram a aparecer: nos últimos anos, vários bailarinos — com destaque para Zhu Yan, Zhang Jian eSun Jie — conquistaram uma série de prêmios em concursos internacionais, recebendo gratificantes elogios de seus colegas ocidentais.

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