Fidel lança livro




O livro A Vitória Estratégica foi apresentado por seu autor, o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, artífice dos fatos que narra. O volume de 896 páginas constitui uma obra de qualidade excepcional tanto por seu conteúdo como pela edição e impressão, e aborda o confronto das forças rebeldes à ofensiva do exército da ditadura de Fulgêncio Batista no verão de 1958.
Assistiram à apresentação os Comandantes da Revolução Ramiro Valdés e Guillermo García, os Generais de Corpo de Exército Abelardo Colomé e Leopoldo Cintras, bem como as Heroínas do Moncada Melba Hernández e da Sierra Maestra Generala Teté Puebla.
Também participaram Armando Hart, diretor do Escritório do Programa Martiano, outros combatentes da Sierra e o Plano, oficiais das Forças Armadas Revolucionárias, e o Ministério do Interior, destacados historiadores, uma representação dos editores, desenhistas e impressores do volume, e outros convidados.
Segundo o Noticiário Nacional de Televisão, Fidel Castro mostrou-se surpreso pela qualidade do livro e a rapidez de sua terminação e disse sentir-se especialmente motivado pelas lembranças.
Durante mais de uma hora o líder da Revolução cubana leu e comentou fragmentos da obra, nos quais avalia o balanço final da batalha e o significado daquela vitória de 300 guerrilheiros contra mais 10 mil soldados armados até os dentes.
Recordando nome por nome dos combatentes mais destacados e dos caídos na luta, ressaltou mais de uma vez o espírito humanitário e a vocação justiceira do exército rebelde, que atendia e curava a seus prisioneiros até o ponto que alguma vez ele pensou que muitos daqueles soldados integrariam o novo exército para a vitória, só que já para então tinha uma massa nova e pura saída do povo, que se uniria às fileiras do que seriam as Forças Armadas Revolucionárias.
A vida ao fim transbordava nossas predições e sonhos, sentenciou.Nessa mesma linha de raciocínio, anunciou um novo livro que dá continuidade a este no qual abordará a ofensiva estratégica final do exército rebelde e disse que para ele os materiais reunidos pelo escritório de assuntos históricos do Conselho de Estado constituem um presente enorme por todo o que o estimulam a recordar, pensar e lutar.
As lembranças vão-se organizando, se refrescam coisas que aconteceram há mais de 50 anos, comentou com alegria, e depois recordou as partes de guerra de Rádio Rebelde, onde a arma principal foi sempre a verdade.
Nós só dizíamos a verdade, se púnhamos um fuzil a mais enganávamos a nossos próprios colegas, dizer a verdade foi um princípio elementar que nunca falhou, lembrou.
Retomando o comportamento ético como a distinção daquele exército nascido nos combates contra a tirania, o contrapôs à crueldade sem limites das forças da ditadura.Em um encarte do livro em preparação, anunciou que narrará um revés tático sofrido durante a contraofensiva, quando uma coluna rebelde que caiu em uma emboscada foi massacrada sem piedade pelo exército da tirania.
Quem treinou a esse exército de torturadores, quem forneceu-lhe as armas, os tanques, os aviões, as fragatas, quem ensinou-os a torturar e matar prisioneiros, foi o governo dos Estados Unidos, esse mesmo que agora tortura a Gerardo Hernández, sem justificativa alguma, afirmou ao se referir a um dos cinco antiterroristas cubanos presos em cárceres estadunidenses, submetido a castigos adicionais.Até quando vai durar isso, se perguntou Fidel Castro em uma análise que enlaça a história há meio século com a atual no permanente e nunca abandonado propósito imperial de submeter à nação cubana sem se deter aos métodos por repugnantes e covardes que possam resultar.
No ato de apresentação do livro A vitória estratégica usaram também a palavra sua editora principal Katiuska Blanco e Alberto Albariño, vice chefe do departamento ideológico do Comitê Central de Partido Comunista de Cuba, responsável pela impressão.

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