A crise em Honduras


"Ao perdedor, as bananas
O "futebol" poderia trazer paz a Honduras?
Apesar do completo isolamento diplomático do governo, prossegue a crise política em Honduras, superando as previsões otimistas de um rápido acordo negociado com instituições internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas (ONU). Como o Brasil e a América do Sul já se encontram irmanados no espírito olímpico, acredito que agora foi criado um clima propício para um desfecho de confraternização em Honduras. A decisão desse imbróglio político seria no campo, através de uma disputa entre duas seleções de futebol. A primeira seleção seria escalada pelo "técnico" Manuel Zelaya. A segunda, pelo "técnico" Roberto Micheletti. O juiz dessa histórica disputa seria José Miguel Insulza, secretário geral da OEA, tendo como bandeirinhas Álvaro Uribe, da Colômbia, e Hugo Chávez, da Venezuela. Como apoio técnico, seriam escalados os "massagistas" Evo Morales (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina), Lula da Silva (Brasil) e Fernando Lugo (Paraguai). A "segurança" do evento ficaria com o capitão Nascimento, do filme "Tropa de Elite". E os resultados, como seriam processados? Muito simples: a seleção vencedora receberia como "troféu" (acrescido das responsabilidades de praxe) o comando político-administrativo de Honduras. A seleção derrotada teria como prêmio de consolo um cacho de bananas, símbolo histórico e emblemático da republiqueta exportadora centro-americana."




Gilberto Araújo é Jornalista (Publicado dia 30/10/2009 em O Tempo)

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