Anulação do processo contra os cinco


"Obama pode e deve retirar as acusações falsas formuladas contra nossos Cinco companheiros", afirmou Ricardo Alarcón de Quesada, presidente do Parlamento de Cuba, durante a apresentação de seis volumes, com a tradução para o espanhol de 12 documentos de Amicus Curiae que solicitam ao Supremo Tribunal dos EUA que o caso dos antiterroristas cubanos, prisioneiros há mais de dez anos nesse país, seja revisto.
Durante um encontro com a imprensa nacional e estrangeira em Havana, ocorrido no Memorial José Martí, Alarcón explicou que em qualquer momento o mandatário estadunidense tem "a faculdade de pôr fim a essa situação", porque está dentro de suas atribuições.
"O presidente Barack Obama, que é um bom jurista — disse— sabe perfeitamente disso, e ainda mais quem se especializou em Direito Constitucional".
O PODER DE OBAMA
Nesse sentido argumentou que a Constituição estadunidense dá poderes ao chefe de Estado para perdoar, eliminar sentença, reduzi-la, modificar-la e retirar uma acusação.
Não obstante, se o atual inquilino da Casa Branca não se pronuncia ao respeito, "esperamos que o Supremo Tribunal admita a revisão, que acolha o que esta pedindo praticamente a humanidade", assinalou.
NOBEL
Os Amicus enviados ao Supremo demonstram um interesse universal nesta causa, disse Alarcón que também é membro do Bureau Político do Partido Comunista Cubano, ao lembrar que constitui um fato sem precedentes, que tem a assinatura de dez Prêmios Nobel, organizações legais, parlamentares e personalidades do mundo.
OEA
Alarcón comentou, também, que a decisão da Organização de Estados Americanos (OEA) de deixar sem efeito a resolução que expulsou a Cuba desse mecanismo em 1962, constitui uma vitória muito importante para a América latina e ratificou que esta determinação não muda nosso critério sobre a entidade e não modifica em nada a postura da Ilha de não voltar à OEA. (Deisy Francis Mexidor/Granma/Prensa Latina/Divulgação)

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