Jornais querem dominar conteúdos




Texto de Fátima de Oliveira

O Presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo(FNPJ), Edson Spenthof (foto), está otimista quanto à absorção das diretrizes curriculares propostas durante o XII ENPJ. Acredita que boa parte delas podem e devem ser acatadas pelo Ministério da Educação e Cultura(MEC). “A qualidade da formação do jornalista é de interesse nacional e penso que ao serem encaminhadas ao Conselho Nacional de Educação sejam bem aceitas”.
Ao falar sobre as possibilidades do fim da exigência do diploma de jornalismo Spenthof diz que os prejuízos para a sociedade serão importantes, pois cria a possibilidade de se contratar um profissional sem qualificação. “Pode-se ter um doutor capaz de falar sobre tal assunto, mas não é simples a prática diária do jornalismo. É um conjunto de regras aceitas pela sociedade”.
Nesse sentido o professor considera a necessidade de um curso de jornalismo de no mínimo 3.200 horas, ou seja quatro anos de formação. Ao se referir ao colaborador ele ratifica a existência dessa figura na legislação e critica todo este estado de coisa alegando que o que os jornais querem mesmo é dominar os conteúdos, enfraquecendo a espinha dorsal do profissional. Ratificou que a liberdade de imprensa potencializa a liberdade de expressão, mas que são situações diferentes e não podem ser misturadas.

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